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A Vacina

Índice

 

 

Introdução. 2

Origem da vacina. 3

Produção. 4

TIPOS DE VACINAS E IMUNIZAÇÕES. 4

Como funciona uma Vacina. 7

Conclusão. 9

Bibliografia. 10

 

Introdução

 

Já é sabido que quando uma epidemia espalhava o caos, os sobreviventes não contraíam logo a doença. Porque será? Neste trabalho falaremos sobre este fenômeno intitulada a vacina, vamos saber de onde surgiu a idéia da criação deste método de imunidade que nos ajuda a salvar vida. 

 

Origem da vacina

 

No início do século XVIII, a varíola era uma doença que causava a morte de muitos indivíduos e, em razão da doença, muitas crianças nem chegavam a atingir a fase adulta.

Porém, já nessa época, a esposa de um embaixador inglês, Lady Mary, já havia associado que indivíduos saudáveis que recebiam, por vias cutâneas, o líquido oriundo do ferimento da doença de indivíduos adoecidos estavam imunes à varíola. Esse método foi chamado de variolação e foi bastante utilizado até o fim do século.

Também nesse mesmo século, o médico inglês Edward Jenner, após inúmeras observações, percebeu que pessoas que conviviam com vacas - inclusive as adoecidas pela varíola - e possuíam ferimentos tais como esses animais, não eram contagiados. Assim, injetou o pus dessas vacas em um menino saudável e, tempos depois, apesar das reações adversas, foi inoculado com a varíola humana e não adoeceu.

Assim, continuou esse procedimento em várias pessoas, retirando o pus dos adoecidos e transferindo para as pessoas, como forma de prevenir a moléstia. Anos depois, inoculou no garoto que participou de seu primeiro experimento e em mais duas pessoas e ambos continuaram imunes.           

Em sua publicação, que deu origem ao nome “vacina”, Jenner usou o termo “varíola da vaca” em latim: "variola vaccinae” que, com o tempo, acabou popularizado o termo “inoculação da vacina”, tal como a própria técnica (lembre-se de quantas vítimas dessa doença iam a óbito até então). O sucesso foi tanto que, em 1805, Napoleão Bonaparte obrigou que todos seus soldados fossem vacinados, o que gerou alguns conflitos.     

Um conflito mais recente, e que é estudado nas aulas de História do Brasil, também por questões parecidas, foi a “Revolta da Vacina”, que ocorreu em 1904 no Rio de Janeiro, uma tentativa do então presidente, Rodrigues Alves, juntamente com o prefeito Pereira Passos e o médico Oswaldo Cruz, de executar uma grande empreitada sanitária, como forma de “modernizar” e higienizar a região. 

Esse projeto consistia em, além de retirar as pessoas das ruas, levantar guerra a mosquitos, ratos e outros animais “maléficos”, também obrigar a população inteira a vacinar contra a varíola, criando, inclusive, a Lei da Vacina Obrigatória, em 31 de outubro de 1904. A reação popular foi extrema: pedradas, protestos, incêndios, dentre outras formas de revolta, que fizeram com que o governo revisse a obrigatoriedade.

Atualmente a varíola é considerada uma doença erradicada, mas, entretanto, há muitas controvérsias entre o uso ou não de vacinas. Alguns médicos alegam que a melhoria das condições de vida das pessoas, incluindo aí o saneamento básico de qualidade e boas condições de alimentação, poderia causar tanto efeito contra estas doenças quanto com o uso de vacinas.

Produção

 

A vacina é produzida com o vírus atenuado ou morto. Este produto é injetado em pequena quantidade no paciente.

O corpo reage ao vírus, assim criando novos anticorpos adaptados ao vírus e quando a doença chega , determinada a atacar , o corpo já tem sua defesa.O problema é que às vezes o vírus sofre mutações genéticas e novas vacinas devem ser criadas nos dias de hoje.

TIPOS DE VACINAS E IMUNIZAÇÕES

A grande dificuldade na hora de desenvolver uma vacina é criá-la de modo que a bactéria ou vírus consigam estimular o sistema imunológico a criar anticorpos, mas não sejam capazes de provocar doença. Às vezes, basta expor o organismo à bactéria ou ao vírus mortos para haver produção de anticorpos e tornar o paciente imune a este germe. Porém, nem todos os vírus ou bactérias mortos são capazes de estimular o sistema imune, fazendo com que tenhamos que buscar outras soluções para imunizar o paciente.

O grau de maturidade do sistema imunológico também é importante. O ideal seria podermos dar logo todas as vacinas ao recém-nascido. Infelizmente isso não funciona. O nosso sistema imune precisa de tempo para se desenvolver e ser capaz de gerar anticorpos quando estimulados pela vacinação.

 Vacinas inativadas

As vacinas inativadas são aquelas feitas com germes mortos ou apenas partes do germe. As vacinas com germes mortos são as mais seguras, porém costumam apresentar uma capacidade de imunização mais baixa, sendo necessárias mais de uma dose para criar uma proteção prolongada. Em alguns casos a imunização desaparece após alguns anos, sendo necessária a aplicação de doses de reforço.

Muitas vezes não é preciso expor o sistema imune a todo vírus ou bactéria. O germe pode ser cultivado em laboratório e partes da sua estrutura que não são necessárias para criação de anticorpos podem ser retiradas. Em alguns casos, uma única proteína do germe é tão diferente das nossas proteínas que é suficiente para o sistema imunológico reconhecê-la como algo estranho, produzindo anticorpos eficientes contra o invasor. As vacinas com subunidades dos germes costumam ter entre 1 a 20 partes do mesmo.

 

Exemplos de vacinas com vírus ou bactérias inativos:

  • Pólio.
  • Cólera.
  • Raiva
  • Influenza (gripe)
  • Tifo.
  • Hepatite A

* Há também vacinas com vírus vivo.

 

Exemplos de vacinas com uma ou mais partes dos germe:

  • Hepatite B
  • Meningite
  • Pneumococo.
  • HPV
  • Haemophilus influenzae

 

Toxoides

Algumas vezes o que causa doença não é a bactéria em si, mas sim algumas toxinas que a mesma produz. Neste caso, a vacina não precisa ser direcionada contra a bactéria, basta que o sistema imune consiga ter anticorpos contra as toxinas. Os toxoides são vacinas feitas com toxinas modificadas, incapazes de causar doença.

Os toxoides também costuma gerar uma imunização fraca, necessitando de reforço após alguns anos.

Exemplos de vacinas com toxoides:

  • Tétano
  • Difteria.

Imunoglobulinas 

As imunoglobulinas são um tipo de imunização diferente das vacinas. As vacinas são chamadas de imunização ativa, pois induzem o sistema imune a produzir anticorpos. As imunoglobulinas são chamadas de imunização passiva, pois elas próprias já são os anticorpos.

Quando exposto a determinado germe, o sistema imune pode levar algumas semanas para produzir anticorpos em quantidade adequada para combatê-lo. Em alguns casos, a doença é tão agressiva que não temos tempo de esperar a produção destes anticorpos. Daí surge a necessidade de usarmos as imunoglobulinas, que são uma coleção de anticorpos previamente formados por outras pessoas ou animais. Pegamos anticorpos já formados por outros e administramos no paciente, havendo imediato combate à infecção.

As imunoglobulinas causam uma imunização curta, suficiente apenas para tratar a infecção. O paciente não fica imunizado por tempo prolongado, sendo necessária a administração de uma vacina após o controle da doença. Por exemplo, um profissional de saúde não vacinado contra a hepatite B que acidentalmente se fure com uma agulha infectada precisa tomar a imunoglobulina e a vacina para não se infectar. A imunoglobulina impedirá a infecção atual enquanto que a vacina servirá, neste caso particular, apenas para preveni-lo de futuras contaminações.

Exemplos de doenças que podem ser tratadas com imunoglobulinas (anticorpos):

Hepatite B

Raiva

Botulismo

Difteria

Tétano

Catapora

Sarampo

 

 Vacinas vivas atenuadas

O ideal é sempre criarmos vacinas com germes mortos, incapazes de causar doenças. Todavia, nem sempre isso é possível. Há casos em que não conseguimos induzir a produção de anticorpos pelo sistema imune a não ser que o mesmo seja exposto ao germe vivo. Neste caso, a opção é manter o vírus ou bactérias vivos, mas atenuados, ou seja, fracos o suficiente para não conseguirem causar sintomas relevantes.

As vacinas com germes vivos são seguras em pacientes sadios, mas não devem ser dadas a pessoas com deficiências no sistema imune, como transplantados, pacientes com AIDS,  pacientes em uso de drogas imunossupressoras, ou paciente em quimioterapia. Este grupo apresenta elevado risco de desenvolver a doença se tomarem a vacina.

As grávidas também não podem tomar vacinas com vírus vivos pois há riscos de infecção do feto e complicações da gestação. Falaremos especificamente sobre a vacinação durante a gravidez em um artigo à parte, que será escrito nas próximas semanas.

Como as vacinas com germes vivos são o que há de mais próximo com um infecção real, elas costumam ser os melhores estimulantes para a produção de anticorpos pelo sistema imune. Este tipo de vacina costuma requerer apenas uma ou duas doses e produz uma imunização por muitos anos, às vezes para o resto da vida.

Vacinas com vírus vivos atenuados são mais fáceis de serem produzidas do que com bactérias, que são germes bem mais complexos e difíceis de serem manipulados.

 

Exemplos de vacinas com bactérias ou vírus vivos atenuados:

  • Catapora
  • Rubéola
  • Caxumba
  • Varíola.
  • Sarampo
  • Febre amarela.

Como funciona uma Vacina.

 

Uma infecção por um determinado microrganismo provoca reacções de dois tipos. Primeiro uma reacção imediata, também chamada imunidade inata, em que a partir do tecido lesado são segregadas substâncias químicas que vão ajudar a desencadear uma reacção de defesa, activando células dos tecidos e chamando ao local células do sangue que têm por função destruir ou enfraquecer o organismo invasor.

Esta reacção inata, se bem que fundamental, não é específica para cada tipo de doença, nem sempre é suficientemente eficaz, nem induz memória imunológica. O segundo tipo de reacção (chamado imunidade adquirida ou adaptativa) surge mais tardiamente, mas é dirigido especificamente contra aquele agente, através da produção de proteínas específicas, chamadas anticorpos, que vão reagir com as proteínas (antigénios) do agente infeccioso, impedindo a sua multiplicação e promovendo a sua destruição. Para além disso vão ser activadas as chamadas células de memória, que vão permitir que o organismo reconheça e produza mais rapidamente anticorpos específicos, sempre que entrar novamente em contacto com aquele agente.

Podemos comparar estes dois tipos de reacção com o que se passa num incêndio de floresta. A primeira linha de defesa são geralmente os populares, que atacam o fogo com paus e baldes de água, limitando a sua propagação e conseguindo até, em certos casos, extingui-lo completamente. Mas se o incêndio for de grandes proporções, esta primeira linha de defesa é ineficaz, e há necessidade da intervenção especializada dos bombeiros que, embora cheguem mais tarde ao local do sinistro, têm meios de o controlar. Se tivéssemos um corpo de bombeiros a postos no local, sempre que se inicia um incêndio, não haveria problemas com os fogos.

As vacinas são uma maneira de ter disponível este “corpo de bombeiros”, ou seja, os anticorpos específicos, sempre que um micróbio pretende invadir o organismo. A maneira de o conseguir é pôr o nosso organismo em contacto com os agentes infecciosos, de modo a que os reconheçam e induzam a tal memória imunológica, sem causarem doença. Sempre que um indivíduo entra em contacto com o microorganismo contra o qual foi vacinado, o seu organismo reconhece o referido agente,” recorda-se” dele e activa imediatamente a produção de anticorpos protectores, de modo a neutralizarem o microrganismo antes de ele ter tempo de causar doença.

Há várias maneiras de conseguir estes objectivos: utilizando microrganismos mortos ou algumas partes dos microrganismos que são suficientes para serem reconhecidas pelo sistema imune (vacinas mortas ou inactivadas); utilizando microorganismos vivos mas enfraquecidos e incapazes de causar doença (vacinas atenuadas); ou usando substâncias causadoras da doença (toxinas) segregadas pelo microrganismo, depois de inactivadas (toxoides).

Algumas destas vacinas necessitam de substâncias denominadas adjuvantes, que têm por efeito ajudar a aumentar a resposta do sistema imune.

A maior parte das vacinas ajuda a proteger não só o indivíduo vacinado mas também a própria comunidade, desencadeando a chamada “imunidade de grupo”, ao diminuir o número de pessoas susceptíveis à doença, interrompendo assim a circulação do microrganismo nessa comunidade.

As vacinas permitiram já a erradicação de uma doença terrível, a varíola, e estão prestes a conseguir a eliminação de outra doença, a poliomielite. Nenhuma medida, à excepção do fornecimento de água potável às populações, contribuiu tão decisivamente para a melhoria da saúde pública como as vacinas!

 

Conclusão

 

Com base neste trabalho posso concluir que só Quando a varíola apareceu na rota da seda, da China para a Turquia, surgiu esta maravilhosa  ideia de inocular pus retirado de um doente, numa pessoa saudável. Embora ser arriscado na epoca, mas ao desenvolver sintomas benignos, a pessoa estava mais bem protegida da infecção fatal.

Graças a esta iniciativa que atualmente, existem vacinas contra gripe, hepatite, febre amarela, sarampo, tuberculose, rubéola, difteria, tétano, coqueluche, meningite, poliomielite, diarreia por rotavírus, caxumba e pneumonia causada por pneumococos. Através das vacinas, tais doenças podem ser erradicadas, como ocorreu com a varíola. No entanto, as constantes mutações pelas quais passam esses microrganismos (com destaque para os vírus) dificultam a erradicação das doenças por eles causadas. Por isso, novas versões da vacina contra um mesmo agente são frequentemente desenvolvidas, como é o caso da gripe.

 

 

 

 

Bibliografia

 

http://www.vacinas.com.pt/vacinas/como-funcionam-as-vacinas

http://www.infoescola.com/saude/vacina/

http://www.mdsaude.com/2012/03/sobre-as-vacinas.html

http://www.brasilescola.com/biologia/a-historia-vacina.htm